Catolicismo

Concílio de Trento: Cânones sobre a justificação.

Tradução David Brito

O Luteranismo foi crescendo forte em 1500. Em resposta a isso, a Igreja Católica Romana convocou o Concílio de Trento, em novembro de 1544 em uma tentativa de combater as doutrinas levantadas e apoiadas pelos reformadores. A abertura oficial do conselho foi em 13 de dezembro de 1545, e foi encerrada em 14 de dezembro de 1563. O Conselho emitiu muitas declarações sobre vários assuntos. Estes Cânones nunca foram negados pela Igreja Católica Romana.

A seguir estão algumas das declarações doutrinárias feitas sobre a Justificação, no Concílio de Trento. Após cada Canon estão as escrituras que contradizem o respectivo Canon.

Em seguida, você verá a palavra “anátema”, usado muitas vezes pelo Concílio. Isto significa que aqueles que não concordam com as doutrinas deste Concílio são amaldiçoados. Em Gl. 1:8-9, a palavra “anátema”, é usada. A maldição deve vir de Deus. Portanto, podemos concluir que de acordo com o catolicismo romano, qualquer um que discorde com os seguintes Cânones são amaldiçoados de Deus. A Igreja Católica Romana excomunga aqueles sob anátema. Em outras palavras, a excomunhão significa estar fora da igreja cristã. E estar fora da igreja significa que você não será salvo.

Apesar do que os católicos declaram, a Bíblia ensina de forma diferente. Após cada Canon há uma lista de passagens bíblicas que estão contrariando a posição católica.

CANON 9: “Se alguém disse, que pela fé o ímpio é justificado; de tal modo como para dizer, que nada mais é obrigado a cooperar a fim de obter a graça da justificação, e que não é de forma alguma necessário, que ele esteja preparado e disposto pelo movimento de sua própria vontade; seja anátema.”

“Portanto, ninguém será declarado justo diante dele confiando na obediência à Lei, pois é precisamente por meio da Lei que chegamos à irrefutável conclusão de que somos todos pecadores. Justificados pela fé em Jesus,” (Rm. 3:20).

“sendo justificados gratuitamente por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus,”(Rm. 3:24).

“Concluímos, portanto, que o ser humano é justificado pela fé, independentemente da obediência à Lei!” (Rm. 3:28).

“Entretanto, o que diz a Escritura? Abraão creu em Deus, e isso lhe foi creditado como justiça,” (Rm. 4:3).

“Portanto, havendo sido justificados pela fé, temos paz com Deus, por meio do nosso Senhor Jesus Cristo,” (Rm. 5:1).

“Porquanto, pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus,” (Ef. 2:8).

“não por causa de alguma atitude justa que pudéssemos ter praticado, mas devido à sua bondade, Ele nos salvou por meio do lavar regenerador e renovador do Espírito Santo,” (Tt 3:5).

CANON 12: “Se qualquer um disser que a fé justificadora é nada mais do que a confiança na divina misericórdia que perdoa pecados por amor de Cristo, ou que é a confiança por si só por que somos justificados. . . seja anátema.”

“Mas a todos quantos o receberam, deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus, ou seja, aos que creem no seu Nome,” (João 1:12).

“Concluímos, portanto, que o ser humano é justificado pela fé, independentemente da obediência à Lei!”(Rm. 3:28).

Entretanto, o que diz a Escritura? “Abraão creu em Deus, e isso lhe foi creditado como justiça” (Rm. 4:3).

“Concluindo, Ele é poderoso para salvar definitivamente aqueles que, por intermédio dele achegam-se a Deus, pois vive sempre para interceder por eles. Certamente estávamos necessitados de um sacerdote como este: santo, inculpável, puro, apartado dos pecadores, exaltado acima dos céus. Diferentemente dos outros sumos sacerdotes, Ele não precisa oferecer sacrifícios dia após dia; que oferecem primeiro por seus próprios pecados e, somente depois, pelos pecados do povo. Porque no momento em que ofereceu a si mesmo, realizou esse sacrifício de uma vez por todas.,” (Hb. 7:25-27).

“Por essa causa, também sofro, todavia não me envergonho, porquanto sei em quem tenho crido e estou plenamente convicto de que Ele é poderoso para guardar o que lhe confiei até aquele Dia,” (2 Tm. 1:12).

Canon 14: “Se alguém disser que o homem é absolvido de seus pecados e justificado, porque ele seguramente acredita que foi absolvido e justificado; ou, que ninguém é verdadeiramente justificado, mas aquele que ser acredita justificado; e que somente com a fé, a absolvição e a justificação são efetuadas; seja anátema.”

“Entretanto, o que diz a Escritura? Abraão creu em Deus, e isso lhe foi creditado como justiça,” (Rm. 4:3).

“Portanto, havendo sido justificados pela fé, temos paz com Deus, por meio do nosso Senhor Jesus Cristo,” (Rm. 5:1).

Canon 23: “Se alguém disser que o homem que foi justificado não pode mais pecar, nem perder a graça, e que por isso aquele que cai e peca nunca foi verdadeiramente justificado; ou, por outro lado, que ele é capaz, durante toda a sua vida, de evitar todos os pecados, mesmo aqueles que são veniais, exceto por um privilégio especial de Deus, como a Igreja tem em conta da Santíssima Virgem; seja anátema.”

“Quem crê no Filho tem a vida eterna; aquele que não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus permanece sobre ele,” (João 3:36).

“De fato, esta é a vontade daquele que me enviou: que todo aquele que vir o Filho e nele crer tenha a vida eterna, e Eu o ressuscitarei no último dia” (João 6:40).

“Eu lhes dou a vida eterna, e elas nunca perecerão; tampouco ninguém as poderá arrancar da minha mão,” (João 10:28).

“para que, assim como o pecado reinou na morte, assim também reine a graça pela justiça para outorgar vida eterna, por intermédio de Jesus Cristo, nosso Senhor,” (Rm. 5:21).

“Eles saíram do nosso meio, mas na realidade não eram dos nossos, pois se fossem dos nossos, teriam permanecido conosco; o fato de terem nos abandonado revela que nenhum deles era realmente dos nossos,” (1 João 2:19).

“Estas orientações vos escrevi, a fim de saberdes que tendes a vida eterna, a vós outros que credes em o Nome do Filho de Deus,” (1 João 5:13).

Canon 24: “Se alguém disser que a justiça recebida não é preservada e também aumentada diante de Deus através de boas obras; mas que as referidas obras são meramente os frutos e sinais da justificação obtida, mas não a causa do aumento dos mesmos; seja anátema.”

“Ó gálatas insensatos! Quem vos enfeitiçou? Ora, não foi diante dos vossos olhos que Jesus Cristo foi exposto como crucificado? Quero tão-somente que me respondais: Foi por intermédio da prática da Lei que recebestes o Espírito Santo, ou pela fé naquilo que ouvistes? Estais tão enlouquecidos assim, a ponto de, tendo começado pelo Espírito de Deus, estar desejando agora vos aperfeiçoar por meio do mero esforço humano?” (Gl. 3:1-3)

“Foi para a liberdade que Cristo nos libertou! Portanto, permanecei firmes e não vos sujeiteis outra vez a um jugo de escravidão. Eu, Paulo, vos afirmo que Cristo de nada vos servirá, se vos deixardes circuncidar. E outra vez declaro solenemente a todo homem que se permite circuncidar, que ele, desse modo, fica obrigado a cumprir toda a Lei.,” (Gal. 5:1-3).

Canon 30: “Se alguém disser que, após a graça da justificação ser recebida, por todo pecador penitente a culpa é perdoada, e a dívida do castigo eterno é apagado de tal modo, que não permanece qualquer dívida da pena temporal a ser paga nem neste mundo, nem no outro no Purgatório, antes da entrada para o reino dos céus poder ser aberto (para ele); seja anátema.”

“Portanto, havendo sido justificados pela fé, temos paz com Deus, por meio do nosso Senhor Jesus Cristo,” (Rm. 5:1).

“E a vós outros, que estáveis mortos pelas vossas transgressões e pela incircuncisão da vossa carne; vos deu vida juntamente com Ele, perdoando todos os nossos pecados; 14e cancelou a escrita de dívida, que consistia em ordenanças, e que nos era contrária. Ele a removeu completamente, pregando-a na cruz,” (Cl. 2:13-14).

Canon 33: “Se alguém disser que com esta doutrina católica da justificação, expressa no presente decreto pelo santo Concílio, se derrogam de algum modo a glória de Deus, ou os merecimentos de Nosso Senhor Jesus Cristo, e não se esclarece a verdade da nossa fé e enfim a glória de Deus e de Jesus Cristo — seja excomungado.

Este concílio declara que, se alguém discordar, seja amaldiçoado.

Matt Slick

Matt Slick é o presidente e fundador do Christian Apologetics and Research Ministry. Formado em Ciências sociais pelo Concordia University, Irvine, CA, em 1988. Bacharel em ciências da religião e mestre em apologética pelo Westminster Theological Seminary in Escondido, Califórnia